Há duas teorias quanto à influência da Lua na data do parto. Uma diz que a data do parto ocorre 9 luas depois da data da concepção. Pressupõe que se sabe a data da concepção e a fase do ciclo lunar desse dia. A outra teoria defende que o parto ocorre na mudança da lua mais próxima da DPP.
De acordo com a primeira, o António nascerá a 21 de Março. De acordo com a segunda, a 15 de Março.
Façam as vossas apostas.
O meu plano de parto está impresso e pronto a entregar. A ver se desta vez a médica não me saca o miúdo com uma ventosa só porque está na hora de ir para a consulta e tem muita gente para atender.
Oficialmente pata-choca...
Não sei porquê, quando estou grávida fico com nervoso miudinho de cada vez que ouço aquelas músicas para relaxar. Tipo sons da natureza e afins. Mas só quando estou grávida, depois passa.
Lembrei-me disto porque hoje havia música dessa por todo o lado... Agora para relaxar vou ter que ir tomar um banho de imersão.
E entrei oficialmente na "bebélândia" (será que o acordo ortográfico permite dupla acentuação nas palavras??!) , sítio de onde já só devo sair daqui a sete semanas, mais duas, menos duas.
Estamos a preparar-nos para a recta final desta nova aventura. Mesmo à terceira continua a ser novidade e continua a ser aventura. Aqui dentro desta bola imensa que me desorienta o centro de gravidade não está o Afonso nem a Francisca. Está o António. E ele para mim já é tão presente como os irmãos, apesar de ter este aspecto de melancia gigante do Entroncamento. Todos os dias quando deixo a Francisca no colégio ela despede-se do António com um beijinho e uma festinha na barriga. À noite o mesmo.
Ao mesmo tempo dá sinais de saber que está prestes a deixar de ser a bebé da casa e a passar o testemunho. Quer mais colo, faz mais birras. Pediu-me para voltar a dormir a sesta na escola e está a comer muito mal.
O Afonso também anda mais rebelde. Acho que não tem nada a ver com o António, mas sim com as mudanças todas que temos feito. O país, a língua, as escolas. Às vezes revolta-se e fica tão transtornado que quase não o redonhecemos. Diz que quer trocar de família e às vezes ameaça sair de casa, só para nos ouvir dizer que ele faz aqui muita falta e que não seríamos felizes sem ele. Depois passa-lhe e fica muito triste com ele mesmo por ter dito as coisas, pede muitas desculpas e diz que era incapaz de fazer as coisas que disse.
Toda a gente diz as crianças se adaptam a tudo, que para eles é muito fácil. Não me parece nada assim. Eu como adulta tenho argumentos lógicos para justificar estas mudanças todas. Para eles não é bem assim. Por mais que lhes expliquemos com a nossa racionalidade típica os motivos de tão grandes mudanças, às vezes eles não os compreendem nem aceitam. Para eles é muito difícil. É tudo diferente dos hábitos e rotinas a que estavam acostumados. Para nós a adaptação é mais fácil porque conseguimos gerir melhor estas emoções todas e fazemos um esforço (às vezes também bastante grande) para as aceitar e tirar o máximo partido desta experiência. Para eles, por mais que os tentemos convencer que no futuro esta fase lhes vai trazer muitas recordações e provavelmente uma abertura cultural muito grande, é sempre difícil aceitar tudo isto sem quebrar e sem desanimar.
Hoje cheirou-me a bebé.
Trouxe destas férias umas coisas da Uriage que não encontramos aqui e apeteceu-me ir cheirá-las.
Cheirou-me aos meus bebés quando eram (mesmo) bebés. Já não falta tudo para haver mais um nome a associar àquele cheirinho bom..
And counting. Pois é, Janeiro já passou da metade e este bebé, cada vez maior, está a cada dia que passa mais presente nas nossas vidas. Já tem cama, espreguiçadeira e daqui a uns dias será a vez de lhe comprar a cadeirinha para o levar no carro.
Estou a entrar na fase "na melhor barriga cai a nódoa". Não sei se acontece a todas as grávidas, mas há uma altura a partir da qual a barriga, que cresceu rapidamente sem darmos por isso, se mete no caminho de todos os molhos, condimentos e às vezes até de espaços exíguos assim a atirar para o mais empoeirado. E depois, pimba, já está. Ganhamos uma nódoa e, por vezes, até várias no mesmo dia (que até termos consciência do nosso novo perímetro abdominal a coisa leva tempo). Pensando bem, isto até pode ser visto como uma fase de estágio para os primeiros tempos de um bebé, em que vamos andar com as inevitáveis nódoas de bolsado e outros fluidos das nossas queridas crias. Pode ser que à terceira seja de vez e eu aprenda a andar com um saquinho da muda também para mim...
Ainda tem graça ler livros como o What to Expect when You're Expecting
Já arranjei um hospital onde me sinto confiante para ter o bebé. Gostei da médica e das enfermeiras e vamos ver como vai correr. Entretanto começo a organizar as minhas listas mentais para quando estiver em Portugal não me esquecer de nada. Tenho que comprar as roupas do bebé e trazer algumas coisas que tenho em casa e que eram do Afonso e da Francisca. Há coisas que vou ter que comprar aqui; isto irita-me porque o preço de tudo é exorbitante e sei que em Portugal arranjava as mesmas coisas por metade do preço. Só temos IKEA na Arábia Saudita e não podemos entrar no país sem ter um convite da embaixada portuguesa ou de uma empresa saudita, o que dificulta um bocado as coisas. E ainda que pudéssemos entrar livremente teríamos que comprar muitas coisas para compensar a deslocação. O carrinho de bebé foi comprado em Londres porque a Francisca não conseguia andar aqueles kilómetros todos no Verão e trouxemo-lo para cá (com um Pai a refilar e a praguejar o caminho todo por causa da quantidade de tralha que trouxemos na vinda). Aqui vamos ter que comprar a cadeirinha do carro, o berço, um almofadão, pouf ou espreguiçadeira para ele dormir durante o dia e estar ao pé de nós quando não está a dormir e pouco mais. Arranjei uma banheira óptima sem sair de casa: temos uma casa das máquinas com um lavatório em inox mesmo em forma de banheira de bebé. Ao lado está a máquina de lavar roupa, que vai servir de trocador, com um daqueles resguardos de plastico e está feito!
Estava a pensar comprar um sling em Portugal, mas neste assunto preciso da ajuda de quem já tenha utilizado. Tem mesmo vantagens? O bebé fica confortável desde que nasce? É que parece dar um jeitão para ter o bebé aconchegado e ficar com as mãos livres, mas estou dividida - opiniões são bem vindas!
Porque o meu bebé é um rapaz! Hoje foi o dia da ecografia morfológica. Bem, por acaso não foi bem completamente morfológica. Demorou apenas 15 minutos e vi-lhe os pés, as mãos, o coração, o estômago e a pilinha. A médica era de poucas falas e, claro, o pouco que falava tinha que repetir devido ao inglês com sotaque filipino...Bem, o mais importante é que estava tudo aparentemente bem e temos um rapagão saudável... Mas de facto estava habituada às ecografias do centro ecográfico de entrecampos onde a morfológica demorava 1 hora e se via todos os pormenorzinhos do bebé. Aqui é tudo um bocado a despachar. Não há análises ao sangue nem rastreios pré-natais nem nada dessas modernices intervencionistas...
Fui comprar-lhe as primeiras peças de roupa à Mothercare e vou esperar por Dezembro para ir a Campo de Ourique comprar o resto. Porque para além de as coisas aqui serem, na sua grande maioria, feíssimas, são normalmente caríssimas.
Ficámos todos contentes, menos a Francisca, que sonhava com uma irmãzinha para lhe preencher ainda mais os dias. Acho que ela vai ser um osso duro de roer com a chegada deste bebé... Hoje esteve pela primeira vez a tempo inteiro (que é só de manhã, ainda assim) na escola e estava muito contente quando a fui buscar. A educadora disse que ela era uma menina muito bem disposta e meiga... É só esperar até ganhar confiança para conhecer o lado lunar da rapariga, que consegue ser um bocadinho diabólico :-)
Continua muito calor e assim parece que ando sempre mais cansada. A barriga já vai pesando, mas acho que com o calor a sensação de estar grande e inchada aumenta.
Agora queria ver se conseguia começar a tornar as minhas manhãs mais produtivas, já que o Afonso e a Francisca estão na escola e tenho mais tempo disponível. Gostava de fazer yoga e pilates, umas aulas de natação e começar a aproveitar os SPA daqui, que toda a gente diz que são baratos e bons... Tenho que investigar...
Quanto ao nome... Está nas mãos do Pai, desde que seja António
Não, a sério, desta vez ele pode escolher. Ou Manel. Também gosto de Martim, embora esta opção seja muito contestada. Vendo bem, e dado o contexto internacional em que nos encontramos, poderia ser uma óptima escolha. O Afonso não se escapa de ser Alfonso para os hispânicos e Afonzo para os ingleses; a Francisca foi rebaptizada de Francesca pelos ingleses. Eu já me acostumei a ser Wanda para os ingleses ou americanos (quem não conhece A fish called Wanda?) e Bánda para os espanhóis. Martim seria fácil de perceber e a adaptação que fizessem não ia ficar muito distante do original. Mas claro, desta vez o pai tem liberdade total para escolher o nome que lhe parecer melhor. Até porque é ele que o vai registar à Arábia Saudita, em última análise....
A 2 dias das 20 semanas ir às compras já me parece uma tarefa ciclópica.
Coitadito, não tem tido grande destaque aqui no Umbigo. A verdade é que, até há uns dias nem se fazia sentir... Agora já o sinto de vez em quando e cá fora também já se faz notar. Estou naquela fase em que a roupa de grávida ainda me parece exageradamente grande mas a roupa normal já não aperta com facilidade. Ando bem disposta e para a semana vou à consulta no Hospital Americano. Às vezes sou assaltada por cãimbras, coisa que só tive na gravidez do Afonso (estou à espera das teorias sobre semelhança entre sintomas na gravidez e o sexo deste bebé). A excitação sobre se vai ser menino ou menina cá em casa é tão grande que os meus planos iniciais de não querer saber o sexo não vão dar para cumprir. Todos os dias o Afonso e a Francisca falam nisso com uma expectativa enorme e seria impensável mantê-los até ao nascimento sem saber... Eles acham que até Março falta muito tempo, eu vou explicando que é uma espera necessária e saudável; mas eles queriam que fosse amanhã (acho que eles não se apercebem que o bebé ao princípio não vai ser propriamente um companheiro de brincadeiras, pelo contrário).
O calor dá-me uma grande vontade de dormir sestas e às vezes não consigo mesmo resistir à tentação de dormitar (a Francisca pede-me muitas vezes companhia ao princípio da sesta e às vezes adormeço primeiro que ela).
Bem, está na hora de a acordar da sesta e ir dar um mergulhinho à piscina!!
Estão a ver aquela novidade que toda a gente pensa que eu vou dar quando digo que tenho uma novidade?
Pois é.
a horta já tem direito a etiqueta e tudo
futebol mas só porque estamos em alturas