Para poder andar num centro comercial sem ver a paisagem das mulheres de preto da cabeça aos pés, dos seus maridos de ar altivo, também vestidos da cabeça aos pés (há aqueles mais prá frentex que acham que vestir-se assim é privilégio exclusivo das mulheres e andam vestidos de uma forma completamente ocidental);
Para fugir ao caos deste trânsito, aos estaleiros de obras ao longo de todos os percursos que percorremos;
Para evitar o choque térmico cada vez que passamos do exterior para o interior de alguma coisa (está tudo gelado, seja um centro comercial, uma pastelaria, um hospital, whatever);
Para fugir ao dourado (carros dourados, roupas douradas, computadores dourados, telemóveis dourados)
É muito difícil adaptarmo-nos a esta maneira de viver... Não há respeito nenhum pelas regras básicas de convivência em sociedade (filas ou ordens de chegada é para esquecer), não sabem o que são regras de trânsito, caixotes do lixo. Não sabem que os milhares de imigrantes filipinos, indianos, singaleses, paquistaneses e afins são tão gente como eles e merecem ser tratados como pessoas. Podemos até dizer-lhe bom dia e obrigado, que de certeza Alá não ia ficar ofendido, pelo contrário. A educação(?) das crianças passa por deixá-las fazer tudo o que querem, incluindo bater nos empregados se for isso que lhes apetece no momento, deitar lixo para o chão, bater nas outras crianças e comer todas as porcarias que lhes apetecer.
Enfim, o que vale é que faltam só dois meses para ir carregar baterias e desanuviar um bocadinho destes ares...
a horta já tem direito a etiqueta e tudo
futebol mas só porque estamos em alturas