E, claro, gorda que nem uma texuga. Mas como é que os italianos não são todos obesos mórbidos? Aquilo é pão, mais massas, mais molhos, mais queijos, mais vinhos, mais enchidos, mais gelados e ainda assim a população é bastante elegante, no geral. Tenho que pedir uma bolsa à FCT para ir um ano ou dois para lá estudar o fenómeno...
Quanto ao resto, gostámos muito de Itália. Para ser sincera, acho que ia gostar de qualquer parte do mundo. Duas semanas de férias a dois até no Bangladesh teriam os seus encantos!
Itália é um país com muitas parecenças com Portugal. A forma como desperdiçam o potencial do país fantástico que têm é uma delas. A diferença é que Itália tem mais área, mais turistas e mais reputação. Tem uma costa fantástica, cidades com uma história brutal, comida (já aqui tinha falado da comida??) excelente. Mas depois há, em alguns sítios, um certo descuido com a manutenção dos edifícios, com a limpeza das ruas, etc. Dá pena, porque sem isso, era um destino de férias perfeito. O Francisco dizia que eles não precisam, que têm turistas na mesma. É capaz de ser verdade, mas a minha percepção do país sai bastante prejudicada quando vejo a degradação e sujidade de Veneza, por exemplo. As cidades que mais gostámos acabaram por ser as mais pequenas e menos invadidas pelos turistas. Já calculávamos que ir a Itália em Julho era sinónimo de nos irmos meter na confusão, mas não havia grande alternativa. Pudemos tirar estas férias na mesma altura que todos os outros e já íamos mais ou menos preparados para isso. Foi bom irmos sem crianças porque deu para fazer coisas que não fazíamos há muito tempo, como por exemplo não ter rotinas nem horários fixos para almoçar, lanchar, jantar, descansar... Acho que tivemos mais refeições sem interrupções só nestas férias do que nos últimos dez anos!
Claro que quando cheguei a Portugal já vinha cheia de saudades dos três. Eles estavam na boa. O único que ficou genuinamente contente por me ver foi o António. Os outros pediram-me para continuar em casa da avó (vou ter que rever todo os meus conceitos de parentalidade, acho!)
Agora resta-nos tentar queimar os (últimos?) cartuchos de calorzinho com umas idas à praia e vamos ficando por aqui. Temos acordado e deitado tarde e comido a más horas, como se quer nas férias! Para horários rígidos já nos chega durante todo o ano. Portugal tem sido sinónimo de transgressão e falta de rotinas, como tem que ser no nosso sítio de férias (está a perder aquela sensação de "casa", mas isso é assunto para um post isolado!)
a horta já tem direito a etiqueta e tudo
futebol mas só porque estamos em alturas