Afonso: teve um evento na escola, o Rainforest cafe, que era uma acção de angariação de fundos para a "Rainforest Alliance", uma entidade que aparentemente ajuda a promover a conservação da floresta tropical. Fizeram bolos e sumos com ingredientes das florestas tropicais, cantaram uma música chamada, precisamente, "Rainforest", fizeram apresentações em powerpoint para mostrar aos pais e tiveram-nos lá, a comer, a beber e a elogiar durante mais de uma hora.
Francisca: foi o dia do Baile das princesas e fadas. Claro que a rapariga não cabia em si de contente. fui incumbida de encontrar o vestido com a melhor relação piroseira/preço e, não querendo gabar-me, acho que fiz um bom trabalho. O vestido era do mais pindérico que pode haver, mas ela, claro, adorou. Eu conheço muito bem a minha filha :-) Dançou, fez jogos e no fim, houve banquete. Uma barrigada de animação.
António: Dois anos lectivos que passaram a correr. Hoje foi o último dia de escola para ele. Em Setembro começa na "big school" (a dos irmãos) e está, claro, super entusiasmado. Já comprei a farda e ele achou o máximo ver-se com ela vestida (e eu também, apesar de o achar muito pequeno para a "Big School")
Para rematar, fomos ao cinema ver o Monsters University. É incrível como o António se aguenta um filme inteiro na cadeira, quase sem pestanejar. Seja 2D, 3D, o que for. Com óculos, sem óculos, ali fica, hipnotizado pelas imagens e só reage para se rir, voltando rapidamente a compor-se para não perder pitada.
Temos mais um infectado. Uma, neste caso. Desta vez, não é escarlatina. A bactéria que se alojou cá em casa (já éramos poucos!) tem o nome simpático de Streptococcus A e é a responsável pela escarlatina do António e da amigdalite da Francisca. O médico que nos atendeu hoje diz que pode ser coincidência estarem os dois infectados pela mesma bactéria, que não é obrigatório que a Francisca tenha sido contagiada pelo António. Eu sou como a Margarida Rebelo Pinto (com mais uns quilinhos em cima, verdade), acho que não há coincidências e isto é tudo uma grande conspiração bacteriana para me lixar a preparação para as férias e fazer com que fique tudo para a última da hora, o que basicamente é o que acontece todos os anos, mesmo sem doenças - é preciso é haver um bode expiatório.
E é isto do planeta estreptocoquiano.
PS: claro que a palavra estreptococos deu uns bons minutos de risada à conta de se pôr a tónica na penúltima sílaba e elaborar a versão escatologicó-parvinha da coisa
O Google Reader vai acabar. Como assim, acabar? E agora, como é que eu organizo as minhas leituras? Aceitam-se sugestões de boas alternativas. A mudança acontece para a semana, dia 1 de Julho...
De acordo com o meu filho António, é uma "sombra". Rapaz habituado a muito mais dias de sol que de chuva, não lhe passa pela cabeça que haja sítios onde a função primordial deste objecto seja proteger as pessoas da chuva...
Tornei-me numa daquelas pessoas irritantes que quando ouve alguma queixa informática, responde "Compra um Mac e isso resolve-se!"
E os nossos filhos vão passar a ter a alcunha de "espalha-bichos". Agora temos o António com escarlatina (ainda há pouco se tinha livrado da varicela!) e já tivemos que pôr alguns amigos de prevenção...
Espero que o capítulo das doenças se esteja a encerrar por agora porque não me apetece ir para Portugal ficar de quarentena (e nem pôr os que convivem conosco de quarentena, também!)
Obrigada a todos os que me deram feedback sobre a questão dos presentes de fim de ano lectivo, através do facebook do umbigo, de comentários aqui no blogue e no "Quem sai aos seus" da Lina :-)
Acho que vamos optar por premiar os dois, diferenciando a recompensa, até porque apesar de um se ter esforçado mais do que outro, os dois evoluiram e trabalharam (um com mais empenho que outro, mas ainda assim!). Quero recompensar a atitude, mais do que os resultados obtidos. O que eu notei ao longo do ano foram duas atitudes completamente distintas em relação às listas que fizemos em casa, às actividades extra curriculares, às críticas das professoras e aos objectivos que foram sendo fixados ao longo do ano, na escola e em casa. E acho que isso deve ser diferenciado. Todos gostamos de ver o nosso esforço reconhecido, não é verdade? E parece-me a maneira mais equilibrada de reconhecer quem se esforçou mais e dar um empurrão de motivação a quem não se esforçou tanto.
Agora falta-nos decidir como vamos fazer a diferenciação. Vai ter que ser uma coisa bem explicada para não parecer injustiça ou preferência de um sobre o outro.
Prometo que vou tentar não me esquecer de vir cá partilhar como "descalçámos a bota"!
À noite, quando as minhas amigas osgas saem dos esconderijos, eu ando pela casa sempre de olhos no chão. Assim, evito vê-las porque elas estão sempre nas paredes ou nos tectos.
Ou melhor, estavam. Agora, as osguinhas bebés, que são as osgas grandes de amanhã, andam quase sempre pelo chão, as burras. Não sei se ainda não terão desenvolvido gosma suficiente para se colarem à parede, a verdade é que são criaturas rasteiras. E assim, várias vezes ao longo do dia quando me cruzo com elas dou um salto para trás com o susto (ainda não aprendi a não me assustar quando as vejo!). A continuarem neste ritmo de reprodução qualquer dia nem preciso de ir ao ginásio, de tanto salto que dou em casa...
Aproxima-se o fim do ano lectivo e é isto. Presentes de fim de ano lectivo, sim ou não? Por um lado, acho que devemos recompensar o esforço deles, como forma de os motivar e reconhecer o bom trabalho que fizeram. Por outro, temos um problema. Um foi esforçado, outro esteve-se nas tintas. Ao longo do ano fomos incentivando a participação dos dois; criámos um quadro mensal com uma lista de coisas que tinham que fazer todos os dias; essa lista inclui coisas básicas, mas que os ajudam a organizar-se no dia a dia e me poupam a mim a tarefa de repetir até à exaustão perguntas do tipo "Já preparaste a mochila para amanhã? Já leste o livro da escola? Já arrumaste a lancheira no sítio? Puseste a roupa para lavar?" and so on. Ora, uma das criaturas segue a lista meticulosamente (até porque uma semana seguida com os itens todos cumpridos dá direito a 25 dirhams). A outra criatura está-se, positivamente, borrifando. Em relação à escola, a mesma coisa. Um dedica-se e quer saber, o outro nem por isso, só se lhe apetecer mesmo muito e gostar de um assunto em particular. Então, o que fazer? Não dar nada a nenhum? Dar aos dois, mas uma coisa melhor a um do que a outro? Dar igual aos dois? Eu sou mais pela primeira ou segunda. A primeira à partida não traz consequências, a segunda vai-me fazer ouvir centenas de vezes que "Não é justo!" e coisas do género...Dar igual aos dois parece-me um mau princípio e acho que transmite a mensagem errada; além do mais, o que se esforça mais ia ficar desiludido por o outro, que claramente passa o ano a marimbar-se nas listas e nos livros e nas aulas de piano, ter os mesmos benefícios. Ia parecer que "o crime compensa"...
Any thoughts, anyone?
Começaram logo em casa, quando o António se viu obrigado a vestir umas calças e calçar meias e botas (não lhe consegui fazer entender a necessidade daquilo, embora tivesse tentado)
A verdade é que nunca nos sentimos muito bem vindos em nenhum desses países. As pessoas dos hotéis, dos restaurantes e de todo o comércio em geral eram bastante antipáticas. Para mim o prémio da antipatia vai mesmo para os austríacos, que até roçam o mal educado quando se dirigem às pessoas (excepção feita a uma empregada de um restaurante em Salzburgo que foi muito simpática) . Na Hungria e na Eslováquia o problema poderia ser a barreira de linguagem; muita gente não falava inglês e nós, como é óbvio, não tínhamos outra maneira de comunicar. Isto fazia com que muitas vezes as respostas fossem lacónicas ou as pessoas evitassem falar conosco por estarem pouco à vontade. A verdade é que o atendimento deixou muito a desejar em todos os países...
Fomos a 4 países: Áustria, Eslováquia, Hungria e República Checa. Visitámos 5 cidades: Viena, Bratislava, Budapeste, Praga e Salzburgo. Andámos de avião, comboio, metro, eléctrico, autocarro e a pé. Estivemos 9 dias fora. Batemos todos os nossos recordes pessoais de mínimos de bagagem: 1 mala com 25 kg para os 5 e duas mochilas como bagagem de mão. Comemos mais porcarias do que consigo quantificar. Os nossos níveis de colesterol devem ter atingido valores nunca antes alcançados (a mania que aquela gente tem de comer tudo frito ou afogado em gordura?). Apesar das previsões de cheias nestes países, tivemos sorte: apanhámos um dia de chuva a sério (e uma molha monumental para os 5) e outro dia de aguaceiros. Neste dia de aguaceiros a disputa era quem levava os chapéus de chuva - queriam todos o brinquedo novo! Houve poucas birras e, tendo em conta o que andámos a pé, com jet lag e sonos trocados à mistura, os miúdos portaram-se excelentemente, foram uns campeões. Ainda por cima esquecemo-nos do carrinho do António em Abu Dhabi, por isso ele andou sempre a pé (e muitas vezes ao colo do pai!). Claro que agora se perguntarmos o que gostaram mais, há de ter sido aquele brinquedo do happy meal, ou o passeio de autocarro e nunca as coisas que vimos. Claro que vimos tudo muito superficialmente, não fomos a museus nem visitar monumentos por dentro, com excepção de algumas igrejas, não queríamos abusar da paciência deles... Mas ainda assim deu para aproveitar bastante e ver coisas e pessoas diferentes!
Hoje já recomeçámos. Nestes dias que estivemos fora a humidade instalou-se em força e acho que já só nos larga lá para o fim de Outubro. Ainda assim, a sensação de regresso a casa é sempre boa!
Despachei a Vida de Pi num instante. Gostei muito, apesar de o final me ter baralhado um bocado e ter cedido à razão em vez de acreditar no fantástico [quem leu percebe, quem não leu vá ler para (tentar) perceber].
Agora comecei a ler este do Gonçalo M. Tavares, mas falta-me a paciência. Tem que ficar para outra altura, a história parece boa. Mas neste momento estou sem grande vontade de ler coisas densas e às vezes difíceis de perceber à primeira...
a horta já tem direito a etiqueta e tudo
futebol mas só porque estamos em alturas