É o novo iPhone 5 cá da zona e vai ser lançado hoje no Dubai Mall e depois distribuido pelas joalharias Damas aqui nos Emirados. Digam lá se não é espetacular:
Não é anedota, é mesmo de ouro, não é apenas uma capa dourada. Há em ouro amarelo e em ouro rosa (variante que eu ignorantemente desconhecia).
Ao fim de três anos neste lado do globo, inscrevi-me num curso de árabe! Gostava de dizer que daqui a uns meses estou pronta para ir para o souq regatear pechinchas em árabe, mas a coisa não é nada fácil. E a minha cabeça já não é o que era. É uma língua tão diferente da nossa, desde a estrutura, à pronúncia dos sons, à escrita e à gramática que acho que precisaria de muitos módulos distribuídos ao longo de muitos anos para conseguir "desenrascar-me" nas ruas...
Mas estou lá, com motivação e vontade de aprender! Alguma coisa há de ficar aqui gravada!
Mas eu tenho muito pouca sorte. Ou ando a ir aos sítios errados, também pode ser. Lembram-se daquela minha queda do muro, em Abril? descobri em Portugal, depois de dois RX e uma ressonância magnética que afinal não foi entorse. Nem rotura de ligamentos. O que me aconteceu foi uma fractura do tornozelo. Fixe, não é? Bem me parecia que devia ser qualquer coisa mais grave que um entorse, dada a vontade de ganir que me dava cada vez que pousava a pata no chão. E o *#$%&&/(()* do médico nem sequer um par de canadianas me recomendou. Tivemos que ser nós a tomar a iniciativa de as ir comprar
Já se passou no Verão, em Portugal. Estávamos de férias no Algarve com os primos e houve brincadeiras quase todos os dias até às tantas. Um dos meus sobrinhos, de 4 anos, estava sempre a querer brincar aos médicos com a Francisca. E não sei porquê nunca queria que o Afonso brincasse (a maldade é toda nossa, mas que cheirava a esturro não há dúvida :-)). Uma dessas vezes o Afonso insistiu que queria brincar com eles e foi sendo sempre despachado prontamente pelo T., que dizia estar a brincar sozinho com a Francisca e não queria mais ninguém na brincadeira. Até que, perante a insistência do Afonso, o rapazinho teve de se render e deixá-lo participar na brincadeira. "Pronto, podes brincar!" disse ele, baixando os braços. Olhou em volta e disse, apontando para o sofá "Mas tens que ficar aqui, na sala de espera!"
Conseguiu fazer com que o Afonso não se sentisse excluído da brincadeira e ao mesmo tempo continuou a brincar sozinho com a Francisca, como queria.
Já vos disse, por acaso, que está calor? Não? Pois. Está calor. Que se farta. E húmido. Que se farta. Dito isto, folgo em saber que o Dubai vai aderir ao dia sem carros, este sábado. Sugerem que as pessoas andem a pé nesse dia ou utilizem os transportes públicos. De salientar que a rede de transportes no Dubai é melhor que em Abu Dhabi, mas ainda assim, se eu fosse residente no Dubai, tenho imensa pena mas não me apanhavam nessa. A pé? Vão vocês! Estão perto de 45ºC na rua, nas horas mais quentes.
Mas a previsão meteorológica na rádio para este fim de semana terminava dizendo que ia estar um "quite pleasant weather this weekend". Para mim, quite pleasant, só se for numa piscina (arrefecida) ou numa praia...
Mal aterrámos no aeroporto de Abu Dhabi, mudaram logo o chip. Imediatamente recomeçaram a falar inglês e voltaram ao velho costume de começar as frases em português e terminá-las em inglês. Isto nunca aconteceu durante a nossa estadia em Portugal, curiosamente. Falaram sempre em português e até o António deixou (quase) todo o vocabulário inglês em Abu Dhabi.
Logo no aeroporto, o António, cuja palavra mais utilizada para os irmãos era "Pára!", passou a dizer "Stop!" e a fazer um sinal com a mãozinha para eles pararem.
Agora, diz hello e bye mas tudo o resto (frases inteiras!) já diz em português. Quase todas as consoantes são substituidas por P e T (principlamente no início das palavras, por exemplo, pome é come, tola é (es)cola pama é cama, peep é sleep, tão é cão e por aí adiante), mas já tem imenso vocabulário em português. As férias desembaraçaram-lhe a língua; o facto de só ouvir português deve ter ajudado para desatar o "nó".
Vivem aqui: um casal, os seus três filhos e um número indeterminado de osgas, bem como vários milhares de formigas.
A isto, meus amigos, chama-se biodiversidade.
*continuo com medo de acordar uma manhã com uma osga a tapar-me os olhos, ou a andar pela minha cara, mas já consigo (mais ou menos) controlar o impulso de desatar a correr cada vez que me cruzo com uma. Qualquer dia até já começo a achar graça aos bichos...
Fazemos tempo num Starbucks para o Francisco ir a casa buscar o carro e levarmos as bagagens todas de uma só vez e vejo dois Emiratizinhos pequenos a arremessar os talheres para dentro do balcão com toda a força (ia jurar que apontaram à cabeça do empregado, mas se calhar sou só eu a ser mázinha...)
Porque este ano não nos deixámos enganar: trouxemos 11 garrafas de vinho português e 2 bacalhaus secos, dos grandes! Há que tirar vantagem do facto de sermos 5 pagantes de bilhetes inteiros: temos 115kg de bagagem para distribuir por 5 malas de porão. E ainda não foi desta vez que trouxe tudo o que queria, houve umas quantas coisas que tiveram que ficar para trás à última da hora...
Aterrámos no deserto. Faz hoje uma semana. As crianças já estão todas nas escolas, as rotinas mais ou menos normalizadas e acredito que para a semana já tudo esteja mesmo em velocidade de cruzeiro. A viagem para cá foi mázinha. Pior só se o avião se tivesse despenhado. Ok, não foi tanto assim. Mas foi má. Chegámos à Portela com duas horas de antecedência, o que para nós foi um recorde. Ao olhar para o placard das partidas, vemos que o nosso vôo para Heathrow está atrasado uma hora e dez minutos. A escala em Heathrow era de duas horas, e ficámos logo a pensar que já não íamos conseguir a ligação para Abu Dhabi. No balcão de check-in perguntámos o que poderíamos fazer e dissseram-nos que tínhamos que embarcar na mesma porque nada nos garantia que depois em Heathrow a ligação para Abu Dhabi não se atrasasse também e ainda havia esperança de conseguir apanhar esse vôo. Fomos para a zona dos cafés, uns super excitados como sempre, outros dois a stressar com a possibilidade de ficar um dia presos em Londres. Vamos acompanhando a evolução do quadro das partidas e o nosso vôo vai mudando a hora de partida. A última versão dava-nos conta de um atraso de hora e meia. Acabámos por saír com duas horas de atraso e chegámos a Londres uns 15 minutos antes da hora de partida para Abu Dhabi. A versão espanhola do nosso nome soou nos altifalantes do avião (porque raio é que os ingleses nunca acertam com a maneira de dizer o nome??), a pedir aos outros passageiros que nos deixassem ser os primeiros a sair. Claro que toda a gente se borrifou e, mal o avião aterrou, desapertaram os cintos, abriram as cabines da bagagem de mão e puseram-se nos corredores estreitos à espera que as portas se abrissem. A família dos 5 atrasados que se lixasse. Assim como assim para nós era indiferente. Faltavam 15 minutos para o outro avião descolar, estávamos a aterrar no Terminal 1 e ainda teríamos que apanhar um comboio para o Terminal 4. Nem um milagre nos salvaria. Heathrow é maior que a cidade de Lisboa (ou pelo menos é a impressão que dá quando se tem que andar a correr de terminal em terminal) e só se o vôo estivesse atrasado umas boas 2 horas é que podíamos ter alguma hipótese. Tínhamos uns funcionários do aeroporto à nossa espera à saída do avião. Indicaram-nos o balcão da TAP e lá fomos nós, recolher o nosso voucher para o hotel, refeições e transportes de e para o aeroporto. Passámos lá as restantes horas até ao vôo seguinte, que aconteceu às 9 da manhã do dia seguinte. Nem conseguimos aproveitar o facto de estarmos em Londres para ir passear. Chegámos ao hotel perto das 4h30 da tarde e estávamos junto ao Terminal 5 de Heathrow, que é bastante longe do centro de Londres. Não tínhamos almoçado porque a TAP serve umas sandochas e já vamos com sorte e além de tudo o resto os miúdos estavam estafadíssimos de tanta ansiedade e correria. O tempo estava anormalmente quente para Londres, o que foi uma sorte porque nos permitiu não tiritar de frio, dado que toda a nossa bagagem de porão, onde iam as roupas, tinha ficado no aeroporto. Connosco só tínhamos a bagagem de mão. A minha sorte foi que, em Portugal, à última da hora, tivemos que tirar roupa de uma mala e pô-la na bagagem de mão porque estávamos com excesso de peso na bagagem de porão (há coisas que nunca mudam, por mais experiência que se tenha!) E a roupa dessa bagagem de mão calhou a ser toda minha, a única pessoa que conseguiu ter roupinha lavada para vestir na manhã seguinte. Tinha levado umas mudas de roupa para as crianças mas mais nada... Depois, na manhã do vôo, correu tudo bem. O avião saiu a horas e chegámos a Abu Dhabi por volta das 6 da tarde de sábado. A única coisa chata foi que nos puseram separados. Eu sozinha com os três numa fila de 4 e o Francisco seis filas mais para trás, sentado entre duas outras pessoas. Nestas situações normalmente as hospedeiras pedem para se fazer uma troca com outro passageiro, mas neste caso quem é que ia querer trocar um lugar ao pé do corredor por um lugar entre duas outras pessoas? Ninguém!
Claro que no domingo já ninguém foi à escola e a única pessoa que teve que ir trabalhar nesse dia fê-lo com muito sacrifício. Três horas a mais significa uma grande alteração e adaptação do nosso corpo. Nesse dia, o despertador tocou às 7 mas o nosso corpo dizia-nos que eram 4 da madrugada e só apetecia ficar na cama a recuperar. Lição a reter para o ano: vir uma semana antes da escola começar para a adaptação ser menos violenta e para não haver imprevistos e coisas resolvidas à pressa para começar o ano lectivo.
a horta já tem direito a etiqueta e tudo
futebol mas só porque estamos em alturas