Cada vez mais me convenço que um modelo de escola em que o ensino seja menos expositivo e dirigido é o melhor para eles. Andam felizes, soltos e à solta na escola nova. Não há naughty chairs, nem detention por ter as unhas e o cabelo comprido. Há meditação, filosofia, yoga e coisas que os fazem ter mais confiança e auto estima. Há uma horta, árvores para trepar, cordas para baloiçar nas árvores, animais, pessoas muito diferentes, aceites na sua diferença. Portugueses, ingleses, americanos, alemães, brasileiros. Também há farda, língua portuguesa, estudo do meio e matemática, não se assustem!
Alguém se quer aventurar na exportação destas ideias e destes modelos para os países do médio oriente? Voltar para lá com uma escola deste género era ouro sobre azul…
Está na fase que volta e meia não gosta de nós (nunca, nunca mais!)
Hoje depois de ser contrariada a propósito de qualquer coisa,
“Eu NÃO vou dizer que não gosto de ti NUNCA, NUNCA MAIS! Eu NÃO vou dizer! Mas estou muito aflita para dizer isso!!”
Estamos em Portugal há um mês. Todos os dias a Francisca nos pergunta, em estado de inquietação, pelo seu casamento.
Já escolheu novo noivo. O meu genro mais recente chama-se Oliver e é bilingue, o que facilita a questão de ter um marido que fale português, mas que também dê para matar saudades do inglês de vez em quando.
Já a tentei descansar, assegurando-lhe que tem muito tempo para encontrar alguém com quem casar, mas ela não desmobiliza.
Hoje no caminho escola-casa, estava a perguntar-me como é que ia fazer para conhecer o homem que vai ser o seu marido “Ó mãe, eu sei que vai ser daqui a muitos anos, mas é como? Como é que as crescidas fazem para conhecer os maridos? Andam com eles na escola? Vão para o mesmo trabalho? Conhecem-se aonde? E como é que sabem que vão casar? “
Tentei explicar, mais ou menos, os diversos contextos em que a coisa se pode dar. Que podia vir a conhecer o seu futuro marido em qualquer lado, mas que ia ser uma pessoa que ela ia achar mais especial que as outras e com quem se ia identificar mais e depois passava a gostar cada vez mais dessa pessoa e vice-versa e depois a coisa dava-se… Para ajudar, o Afonso chega à conclusão que quem cabe nesta descrição perfeitamente é o seu amigo Issah e começa a perguntar então se ele pode ser o marido do Issah, porque até agora não conheceu nenhuma rapariga que se encaixasse tão bem como ele nos seus critérios e gostam das mesmas coisas e dão-se tão bem que bom bom era casar com alguém que goste tanto de jogar futebol como ele.
Oh vida…
a horta já tem direito a etiqueta e tudo
futebol mas só porque estamos em alturas