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Quinta-feira, 27 de Janeiro de 2011
O fruto proibido

Comprar bebidas alcoólicas nesta zona do mundo é uma experiência caricata. O consumo de bebidas alcoólicas e de carne de porco é interdito a muçulmanos. Há países do Golfo onde a sua venda e consumo são absolutamente proibidos, como é o caso da Arábia Saudita e Kuwait. Aqui há lojas de bebidas, mas o consumo destina-se apenas a não muçulmanos. Não sei se sabem, mas apenas nessas lojas autorizadas pelo Governo se pode comprar álcool para consumo em casa. Fora isso há alguns restaurantes e bares com licença para vender bebidas alcoólicas - não há à venda nos supermercados nem nos cafés, por exemplo. E se um restaurante estiver dentro de um centro comercial também não as pode vender.

Assim, nas lojas onde se vendem as bebidas estão sempre uns quantos estrangeiros (indianos na sua maioria) que fornecem esse serviço aos árabes. Recebem uma quantia e despacham a encomenda a quem não pode entrar nas ditas lojas. O curioso é que se um árabe estiver vestido "à ocidental" entra na loja, compra o seu vinho, o seu whisky, etc, e ninguém lhe diz nada. Se estiver com as roupas tradicionais - a túnica até aos pés e o lenço, é proibido de entrar.

No outro dia fomos comprar umas garrafas de vinho. O ambiente é de tal maneira pesado que uma pessoa até se sente mal. Parece que está a cometer uma ilegalidade. Os árabes todos cá fora à espera do líquido precioso, mas sempre com um ar super comprometido. Os indianos em fila à porta à espera de receber as "encomendas". Enquanto esperava no carro com as crianças (Deus me livre de os levar para aquele antro de pecado:)) reparei num rapaz aí dos seus 20 anos dentro de um carro. Estava com as vestes tradicionais, logo fazia parte do grupo dos banidos. Entretanto chegou o seu amigo, um rapaz também árabe mas com uns jeans e um pólo e ténis da moda. Trazia o saco da loja (os sacos são brancos, de plástico, com uma espessura inacreditável para não se ver o que levam e sem o nome da loja ou nada que o relacione com o conteúdo maldito). O rapaz que estava dentro do carro, muito ansioso, tirou-lhe o saco da mão, abriu-o cheio de pressa e lá de dentro saíu uma garrafa de Johnnie Walker Black Label. A criatura, emocionada, começou a fazer-lhe festas. Não foi ao amigo, foi à garrafa. Imagino que a mesma não tenha durado muito tempo.

 

 

Publicado por Vanda às 18:32
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Correios

Fui no outro dia levantar as minhas encomendas do Book Depository aos correios. Afinal estava a ser má língua. As coisas foram despachadas do Reino Unido a 29 de Dezembro e chegaram à minha caixa postal a 8 de Janeiro (nós é que não vamos lá muitas vezes ver se temos correspondência). Os livros da Amazon também já chegaram na segunda-feira, ou seja, chegaram duas semanas antes da data de entrega prevista. Sendo assim retiro parcialmente o que disse no post sobre este assunto (parcialmente porque estou em crer que tivemos muita sorte desta vez).

Curiosidade: cheguei aos correios para levantar os livros e a senhora foi à procura deles num monte de encomendas. Assim, literalmente num monte, ia revirando umas, revirando outras até encontrar o que queria. Não havia ali nenhum critério de ordenação das coisas, nem referência, nem data de chegada, nada. Um monte de sacos e envelopes de todos os tamanhos e feitios. Não sei como se entendem...

Publicado por Vanda às 18:25
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Aculturada, só pode

Mínimas de 15ºC e estou com frieiras nas mãos. Não se riam, é verdade...

Publicado por Vanda às 18:24
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Domingo, 23 de Janeiro de 2011
Evidentemente, abstivemo-nos

Ainda que eu pudesse entrar na Arábia Saudita (essa bela localidade) a convite da nossa embaixada para ir votar, acham que valia a pena fazer 8 horas de viagem (ir a Riade e voltar)? E ainda ter que comprar uma abaya e um véu para poder andar em publico sem ser repreendida pela polícia de costumes?

 

Também me pareceu que não...

 

 

Uma boa medida anti-abstenção seria o voto electrónico, até porque não se percebe até que ponto a abstenção deriva da simples preguiça das pessoas ou de uma tomada de posição de protesto...

Publicado por Vanda às 20:09
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Aqui também há dias de Inverno

Acontecem é uma ou duas vezes por ano. E quando acontecem, é o caos. É ver os senhores a levantar as túnicas e a pôr as chinelas dentro de lençóis de água que chegam aos tornozelos ou então uma mãe extremosa (eu, feita ursa) a levar dois filhos de 20 kg cada ao colo, mais mochilas, lancheiras e chapéu de chuva para que as criaturinhas não passem o dia inteiro com os pés molhados (quando a primeira coisa que fazem assim que descem do colo e pisam o chão é ir procurar a maior poça para chapinhar alegremente).

Mais uma vez fica provado que as gentes do deserto não sabem lidar com água. Não contam que ela caia do céu de vez em quando e nos dois dias por ano que chove, é o caos. Lençóis de água nas estradas, escolas fechadas, escolas abertas mas com muitas limitações, pessoas em pânico por causa de tanta água, ânimos exaltados, enfim, uma canseira....

 

 

 

 

 

 

Publicado por Vanda às 19:44
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Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011
Sendo assim, já fico mais descansada

Diz-me este amigo anónimo que as coisas da Amazon também demoram mais de um mês a chegar a Portugal.

Se calhar a melhor opção para comprar livros então é o Book Depository. Entregam gratuitamente em quase todo o mundo (até aqui no Bahrain!!). Demora um bocado mas não se paga portes e em muitos livros o preço é mais baixo que na Amazon.

 

Mas por acaso este Natal comprámos algumas coisas pela Amazon (o site de Inglaterra) e a entrega foi feita em Portugal em menos de uma semana... A demora na entrega para Portugal deve ser a excepção, ao passo que para aqui é a regra...

Publicado por Vanda às 18:30
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Alerta amarelo, já

Nos últimos dias não têm ido ao recreio da escola.

Por causa do frio.

A sério.

Publicado por Vanda às 18:21
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Domingo, 16 de Janeiro de 2011
E mais outra

Aqui há tempos queria comprar daquelas pantufas (como se fossem umas meias com sola) anti derrapantes para criança, para eles andarem em casa. Fui à H&M e descobri logo umas para o Afonso. Depois vi outras engraçadas para a Francisca só que não descobria o número dela. Perguntei ao empregado da loja se havia aquele modelo no número 28-29 e ele olha rapidamente à volta e diz: "Não, não temos." Perante o meu pedido de confirmação (sei lá, ir a um computador ou a um armazém ou qualquer coisa), o rapaz diz-me, convicto: "Não, essas pantufas não se fabricam nesse número." E eu perguntei, já um bocado incrédula se só faziam sapatos de criança até ao 26. "Sim, sim," diz-me a anta. "Então e aquelas ali?" Aponto para umas pantufas de menina, mas que não eram bem o que eu queria. "Ah, aquelas só se fazem a partir do 32-33". "Então entre o 26 e o 32 a H&M não fabrica pantufas para criança, é isso?" "Yes, M'am", responde a abécula. Claro que dei uma volta pela loja e lá fui descobrir as pantufas no intervalo de tamanhos que procurava, apenas não estavam ali a 1 metro do rapaz.

 

E sim, comprei na mesma porque se não comprasse, para o energúmeno era igual e quem saía prejudicada era eu, que não ia conseguir encontrar aquilo em mais lado nenhum. Fui lá apenas dar-lhe a novidade: afinal a H&M faz pantufas de criança entre o 26 e o 32...

 

Este também é um dos motivos pelos quais eu demoro tanto tempo a fazer compras aqui...

Publicado por Vanda às 19:42
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Mais uma prova de que temos que ter muita paciência para levar a vidinha aqui

Cinco pessoas (e um frigorífico pequeno) em casa implica, por um lado, muitas deslocações ao supermercado; por outro muitas quantidades de algumas coisas, tipo iogurtes, leites, etc...

Pois que estes asnos que estão nas caixas do Carrefour (aqui o Belmiro ainda não comprou o carrefour e ainda se chama assim) passam os itens um a um. Compramos 12 iogurtes líquidos e 12 iogurtes normais e temos que esperar que as aventesmas passem 24 vezes os iogurtes pelo scanner... Já várias vezes perguntei, de mansinho, se não teriam uma tecla para multiplicar e passar só uma vez os artigos todos. Não, senhora, essa tecla NÃO EXISTE... Aquilo fazia-me espécie, mas como não tinha sido eu a ter formação para passar artigos na caixa (e pelos vistos eles também não), calava-me. Até que, aqui há uns dias, recrutaram UMA pessoa que esteve atenta à explicação quando ensinaram a função "multiplicar" et voilà: os nossos 24 iogurtes, 6 embalagens de chicken nuggets (don't ask...) e vários litros de leite, passaram, assim, num instante...

 

Posto isto, as senhoras e senhores dos serviços públicos do meu país elevam-se aos meus olhos como seres altamente competentes e qualificados...

Publicado por Vanda às 19:23
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Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2011
Epifania

Fui hoje pela primeira vez a um souq a sério, daqueles de rua. Especiarias, tecidos, contrafacção, roupa, electrónica e tudo com fartura...

 

A repetir e da próxima vez de máquina fotográfica em punho e dinheiro na carteira :)

 

nota: não vale a pena irem ao google, um souq é um mercado típico daqui.

Publicado por Vanda às 18:25
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32 já cá cantam!

E uma coisa não mudou: continuo a fazer anos nos dias mais frios do ano: 17ºC às 8 da manhã não se faz!

Publicado por Vanda às 18:23
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Terça-feira, 11 de Janeiro de 2011
Muito simpático, muito simpático

Mas sigo as encomendas online e diz que o destino delas é França. Então o homem conhecia tão bem portugal e vai-se a ver e envia tudo para França?? 

 

Eu bem digo que aqui temos que relativizar, senão damos em doidos...

Publicado por Vanda às 08:50
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E quando nos esquecemos que estamos no cu do mundo

Encomendamos livros na Amazon no dia 2 de Janeiro e a data prevista para a entrega é dia 8 de Fevereiro (os livros foram expedidos no dia 3 de Janeiro)...

Publicado por Vanda às 08:47
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Segunda-feira, 10 de Janeiro de 2011
Aqui o comando não é MEO

Aqui há dias, via FB a Lina expressava a sua ira com uma avaria e a sua (falta de) resolução por parte da MEO. Eu, aqui deste lado do mundo comentei que, comparando, 48 horas eram um espectáculo de prazo e fiz mais ou menos uma caricatura do que se passaria caso o problema fosse aqui.

E depois fiquei a pensar que, realmente, para não ter um esgotamento neste lado do mundo, uma pessoa tem que realmente fazer um shift nas suas expectativas em termos da qualidade de serviço. Eu cheguei aqui em setembro de 2009 e enervei-me bastante com coisas do género do problema da Lina. Não se admite que uma pessoa pague um serviço e depois, no pós-venda, a assistência seja tão deficiente. Lembro-me que uma vez, no Carrefour, cheguei a pedir o livro de reclamações. A senhora esbugalhou os olhos, abanou a cabeça daquela maneira que só eles sabem e disse-me que não era possível. Acho que nem sabia do que eu estava a falar.

Uma pessoa habitua-se a tudo, é verdade, mas há coisas que custam mais do que outras. Quando, por exemplo, compramos um electroméstico que vem avariado ou deixa de funcionar, já sabemos que podemos ter uma longa jornada pela frente. Ou porque não trocam, ou porque simplesmente não percebem o problema, ou porque sei lá eu porquê, a verdade é que nos preparamos sempre para que a coisa seja complicada. E até escolhemos os dias de melhor humor para ir tentar resolver os assuntos porque já sabemos que se não for assim a coisa pode correr mal...

 

Em setembro, depois de regressar de dois meses e meio em portugal, lembro-me de ter pensado várias vezes Calma, estamos no Bahrain, as coisas

não funcionam assim.

 

Publicado por Vanda às 19:52
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Pouco a pouco, vou descortinando alguns mistérios

Este é um post sobre abayas, jihabs, niqabs e outros do género. Agora que a minha rede de relações se alargou a algumas mulheres muçulmanas, começo, pouco a pouco a descortinar algumas coisas sobre os costumes de vestuário. Há vários motivos para uma mulher usar uma abaya. Aquelas que a usam sem consistência, provavelmente, fazem-no por uma questão de necessidade prática. Apetece-lhes sair de casa de pijama ou sem tomar banho, enfiam-se dentro da fatiota e têm o problema resolvido. Muitas nem sequer são muçulmanas, fazem-no apenas pela suposta comodidade da coisa. Outras, para mim mais difíceis de entender, fazem-no com o argumento de que as mulheres não devem sair à rua de forma a revelar aspectos do seu corpo que evidenciem a sua beleza. Estas mulheres muitas vezes estão excessivamente maquilhadas (se não querem evidenciar a sua beleza, porque se maquilham então?).

Depois há a questão dos lenços. Mais uma vez a modéstia, dizem umas. Ou a comodidade de poder sair de casa sem preocupações com lavar o cabelo, prendê-lo, etc, dizem outras. Nunca nenhuma me disse que era por uma questão de estilo, apesar de se ver muitas mulheres por aqui para quem o uso do véu parece ser, efectivamente, uma questão estética. Gostam e têm orgulho nos seus variados lenços. As que usam o véu para não mostrar um aspecto atractivo do seu corpo (neste caso o cabelo) normalmente maquilham-se bastante (talvez para equilibrar a "falta" que o cabelo faz à cara?). Conheço poucas que sejam coerentes - se não querem pôr em evidência a sua beleza para não atrair os olhares maliciosos de homens estranhos, então porque é que todas as partes visiveis do corpo estão adornadas (muitas vezes excessivamente)?

Ainda não consegui perceber porque é que umas usam abaya mas não usam lenço e outras o inverso... A maior parte das vezes não pergunto, nem acendo discussões à volta destes temas, até porque muitas mulheres, pelo que percebi, não gostam que se lhes pergunte. Já perguntei o significado do lenço e da abaya; o resto fui deduzindo pelo que vou vendo.

Mas tem sido uma convivência engraçada, até porque além de religiões diferentes, temos contactado com pessoas das mais variadas origens e muitas com heranças culturais completamente distintas das nossas.

Publicado por Vanda às 19:31
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