Este fim de semanda fomos ao Zoo de Lisboa. Nós, os "crescidos" fomos com sentimentos contraditórios ente si. Porque nos custa a ideia de cativeiro daqueles animais e alguma "exploração" que se faz deles. A Baía dos Golfinhos com música a fazer lembrar as festas da aldeia ou os carrosséis da feira popular, o desgraçado do elefante a tocar a corneta, o leão marinho a dar "beijinhos" a miúdos e graúdos. No entanto, sabemos que uma ida ao jardim zoológico é um marco na infância de qualquer criança e é uma experiência normalmente encarada com grande entusiamo. Foi bom verificar que as condições da maioria dos animais foi bastante melhorada; já não há tigres e leões enclausurados em jaulas minúsculas, estão em áreas abertas limitadas, mas sempre são maiores do que eram. A estrela do dia não foram os macacos, nem os rinocerontes, nem os tão temíveis leões/tigres/panteras. Muito menos os golfinhos, que não fizeram o entusiamo da malta. A estrela do dia foi o furético (teleférico), que foi a única novidade do Zoo para o Afonso, que já lá tinha ido com a escola. O almoço no McDonalds foi também um fiasco. Já sabíamos que os hamburgueres não iam fazer as delícias deles, então optámos pelos nuggets. Big mistake. Comeram batata frita com sumo ao almoço e já não foi muito mau. Acho que o que mais gostaram no McDonalds foi dos crocodilos que lá estão por trás...
O fim de semana prolongado começou com uma passeata. Rumámos a Sul, desta vez com bastantes menos malas e bagagens do que o habitual. Benditos 2 e 4 anos de idade, que já não nos obrigam a andar com a casa às costas! Começámos por uma visita à OVIBEJA, que criou no Afonso bastantes expectativas em relação ao que por lá iria encontrar. Animais de quinta, que ele queria afagar e mexer. Pelo menos até ao momento em que os viu... Estavam em cercas, perfeitamente alcançáveis pelas suas pequenas mãozinhas, mas o tamanho de alguns e o nervosismo de outros fizeram-no vacilar e temer os bichos. Passado o pavilhão em que estavam os animais, fomos às tão desejadas (pelo menos por mim e pelo Francisco) tasquinhas. Pedimos um petisco para o lanche, mas desde logo nos apercebemos que o Afonso não o estava a saborear com a emoção do costume. Estava desiludido consigo mesmo por não ter sido capaz de mexer nos bichos. É que esse tinha sido o motivo que o tinha levado a ficar tão excitado com este passeio. Imaginou-se a mexer em tudo o que era bicho e depois não conseguiu. Parou de comer a meio do lanche e pediu-nos para voltar aos bichos antes de irmos embora. Lá fomos e ele fez algumas (tímidas) festas a alguns dos animais. O que uma pessoa não faz pela auto-estima dos filhos: o cheiro era nauseabundo, os corredores estreitos, os animais estavam com um ar infelícissimo naqueles poucos m2 que lhes estavam destinados, havia bostas de vaca espalhadas pelo chão (imaginam o tamanho e o cheiro dos dejectos de um boi com mais de 500 kg??). Enfim, foi o momento rural do fim de semana. Depois fomos até ao Algarve, onde o tempo desiludiu um bocado. Havia muito vento e não fizemos praia. Deu para mudar de ares, mas ficou aquém das expectativas. Para eles deve ter sido divertido o facto de dormirem em camas "de crescidos", juntas para assegurar que não havia quedas a meio da noite. De manhã e depois da sesta, a Francisca estava sempre enfiada na cama do irmão, a fazer de tudo para o acordar, umas vezes, outras só encostada a ele, aninhada à espera que acordasse ou que os fossemos buscar para retomar ou iniciar as actividades do dia. Domingo, dia do regresso, foi mais maçador para eles. Fomos por Castro Marim, almoçámos em Alcoutim e depois subimos até Moura e Amareleja para conhecer a maior central solar do mundo. Jantámos (muito mal) em Évora e chegámos a casa a desoras, estafados e sem vontade nenhuma de que o dia seguinte fosse 2ª feira (falo por mim, mas eles com certeza sentiram o mesmo!)
Ontem fomos passear aqui para ouvir um concerto para bebés. Fomos os 4. Ao contrário do que esperava, a Francisca portou-se bem; só começou a ficar mais irrequita no fim. O balanço foi positivo. Ouvimos violino, trompete, clarinete, saxofone, acordeão, cavaquinho e vozes bonitas. Vimos coreografias simples de uma bailarina. Acho que eles também gostaram. Havia bebés desde os 3 meses até crianças por volta dos 5 anos.
a horta já tem direito a etiqueta e tudo
futebol mas só porque estamos em alturas