Obrigada a todos os que me deram feedback sobre a questão dos presentes de fim de ano lectivo, através do facebook do umbigo, de comentários aqui no blogue e no "Quem sai aos seus" da Lina :-)
Acho que vamos optar por premiar os dois, diferenciando a recompensa, até porque apesar de um se ter esforçado mais do que outro, os dois evoluiram e trabalharam (um com mais empenho que outro, mas ainda assim!). Quero recompensar a atitude, mais do que os resultados obtidos. O que eu notei ao longo do ano foram duas atitudes completamente distintas em relação às listas que fizemos em casa, às actividades extra curriculares, às críticas das professoras e aos objectivos que foram sendo fixados ao longo do ano, na escola e em casa. E acho que isso deve ser diferenciado. Todos gostamos de ver o nosso esforço reconhecido, não é verdade? E parece-me a maneira mais equilibrada de reconhecer quem se esforçou mais e dar um empurrão de motivação a quem não se esforçou tanto.
Agora falta-nos decidir como vamos fazer a diferenciação. Vai ter que ser uma coisa bem explicada para não parecer injustiça ou preferência de um sobre o outro.
Prometo que vou tentar não me esquecer de vir cá partilhar como "descalçámos a bota"!
Aproxima-se o fim do ano lectivo e é isto. Presentes de fim de ano lectivo, sim ou não? Por um lado, acho que devemos recompensar o esforço deles, como forma de os motivar e reconhecer o bom trabalho que fizeram. Por outro, temos um problema. Um foi esforçado, outro esteve-se nas tintas. Ao longo do ano fomos incentivando a participação dos dois; criámos um quadro mensal com uma lista de coisas que tinham que fazer todos os dias; essa lista inclui coisas básicas, mas que os ajudam a organizar-se no dia a dia e me poupam a mim a tarefa de repetir até à exaustão perguntas do tipo "Já preparaste a mochila para amanhã? Já leste o livro da escola? Já arrumaste a lancheira no sítio? Puseste a roupa para lavar?" and so on. Ora, uma das criaturas segue a lista meticulosamente (até porque uma semana seguida com os itens todos cumpridos dá direito a 25 dirhams). A outra criatura está-se, positivamente, borrifando. Em relação à escola, a mesma coisa. Um dedica-se e quer saber, o outro nem por isso, só se lhe apetecer mesmo muito e gostar de um assunto em particular. Então, o que fazer? Não dar nada a nenhum? Dar aos dois, mas uma coisa melhor a um do que a outro? Dar igual aos dois? Eu sou mais pela primeira ou segunda. A primeira à partida não traz consequências, a segunda vai-me fazer ouvir centenas de vezes que "Não é justo!" e coisas do género...Dar igual aos dois parece-me um mau princípio e acho que transmite a mensagem errada; além do mais, o que se esforça mais ia ficar desiludido por o outro, que claramente passa o ano a marimbar-se nas listas e nos livros e nas aulas de piano, ter os mesmos benefícios. Ia parecer que "o crime compensa"...
Any thoughts, anyone?
Estamos a entrar no lindo mundo das escolas públicas portuguesas. Até aqui é só dificuldades e faltas de informação, a ver como corre quando começar mesmo...
*quem não se lembrar do anúncio da Alcina Lameiras não pergunte o porquê do título
Bem devia ter desconfiado. Antes do regresso enviei um e-mail para a sede do agrupamento de escolas da minha zona a explicar a nossa situação e a perguntar qual seria o procedimento para inscrever a Francisca e o Afonso na escola. Era só facilidades. Basicamente a coisa resumia-se a ir preencher o boletim de matrícula à escola e eles podiam começar no início do 3º período. Acrescentaram ainda que tinham vagas para as respectivas idades. Logo no dia seguinte à chegada fui à escola e afinal parece que era preciso um papel. Qual papel? O da escola anterior a certificar que eles vinham de um país estrangeiro e com informação sobre o ano que cada um frequentava. Canja. Trouxe o relatório, tem o carimbo da escola, a assinatura do director da escola e comprova que o Afonso está no 1º ano e a Francisca no jardim infantil. Ah, mas está em inglês, tem que ser traduzido. E a tradução certificada pela embaixada. E a embaixada tem que certificar que o documento é original, mas para isso o papel tem que estar carimbado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Bahrain. E o Ministério da Educação do Bahrain tem que certificar que aquela escola existe e que o documento é original. Ah, e afinal não aceitamos crianças do pré-escolar no 3º período.
Começaram ontem num novo colégio. Privado. A 30 km de casa, que aqui não há oferta de ensino privado para o 1º ciclo.
Perguntam-me muitas vezes a "receita" para que os meus bebés comecem a dormir as noites inteiras desde muito pequenos (o Afonso com 3 meses, a Francisca com 3 semanas e o António com 2 meses).
Não faço ideia. Não sei se será o facto de eu não me stressar muito que os faz ser calmos ou se eu não me stresso PORQUE eles são calmos. Todas as transições foram sempre feitas com tranquilidade e sem ligar muito aos retrocessos; quando foi para tirar as fraldas, as chuchas, dormirem sozinhos, etc... Nunca agimos com ansiedade e acho que isso é o principal. Agora que penso nisso, o único foco de tensão que existiu com os dois primeiros foi a comida. As fases que teimam em não querer comer (agora mais a Francisca) fazem-nos passar um bocadinho. E depois a coisa descamba. E quanto mais nos passamos mais eles gostam (parece-me, pelo menos). Se calhar devíamos adoptar com a comida a atitude descontraída que adoptamos para o resto; talvez deixasse de ser braço de ferro, principalmente com os mais provocadores, como é o caso da Francisca...
a horta já tem direito a etiqueta e tudo
futebol mas só porque estamos em alturas