No meu reader pingam posts com a intensidade das chuvas madeirenses contra o chefe por um lado, a favor do chefe por outro, a entrevista ao MST foi boa, a entrevista ao MST foi um monólogo igual ao do costume, o Figo é mentiroso, o Sócrates é mentiroso, o Penedos disse não sei o quê, o Perestrello disse não sei que mais, o Granadeiro foi encornado, o Mário Crespo é um oportunista, o Rangel, o Passos Coelho e o Aguiar Branco também. O Jardim não quer calamidades, o Jardim quer turismo.
Já estou farta das notícias. Vou passar a ler mas é o Gulf Daily News que relata os telefonemas de felicitações dos reis daqui e dos vizinhos e as festas e de como este é um país óptimo para se viver, sem problemas sociais, sem asfixia democrática (aqui não há democracia, logo, não há nada a asfixiar...) e sem intrigas e diz que disse e primeiros ministros calimeros e oposições oportunistas.
Antes de ser mãe, antes de estar casada, antes de ter contas para pagar e uma casa para gerir. Antes de ser responsável pela vida de tanta gente. Também era bom. Era diferente. Como se, olhando para trás, fosse outro mundo. Esta era (é) uma das músicas da minha adolescência. Só podia ser. Forte. Em repeat. Agora ficou ali, parada no tempo...
A única pessoa desta casa que tem um visto de entrada na Arábia Saudita (sítio pouco interessante de se visitar, não fosse o facto de ter uma loja IKEA mesmo a seguir à fronteira com o Bahrain) está há mais de uma hora sentada em frente à televisão a ver um encadeamento de programas interessantíssimos no Discovery Science.
Entretanto, o fim de semana acabou-se e o António ainda não tem berço nem uma cómoda para armazenar a sua roupa, que se amontoa, lavada e pronta a arrumar, num cesto da roupa...
Por este andar, na hora H, em vez de estar a assistir ao parto, o Pai vai andar a montar móveis...
E este miúdo tem tantos soluços in utero que chega a ser cómico...
Ontem na inauguração de uma pastelaria portuguesa aqui na ilha (com direito a pastel de nata, pão alentejano, pastéis de feijão, entre outras coisas) cruzei-me com um rapaz que conheço de vista dos tempos de campo de ourique. Esse rapaz também mora aqui na nossa ilha (muito perto de nós) e apesar de não ter andado no mesmo liceu que eu, passava lá muito tempo porque tinha muitos amigos aí.
Numa ilha tão pequena e distante de Portugal foi muito curioso encontrar alguém do "bairro".
Nunca tinha acontecido. Ontem num centro comercial íamos entrar num elevador. Estava um grupo de mulheres (provavelmente sauditas) também à espera do dito elevador. Eu estava com o Francisco e com um casal de amigos. Já tinha reparado nos olhares nervosos de uma das mulheres para o Francisco. Quando o elevador chegou, elas entraram e a seguir íamos nós entrar. Até que uma delas olha para o Francisco e faz-lhe um sinal com a mão para não entrar. Foram sozinhas no elevador, como manda a decência.
foto retirada da internet
Porque é que me pedem uma declaração assinada e com fotos das pessoas autorizadas a ir buscar os meus filhos ao colégio se depois eu posso pôr um niqab (lenço que só deixa os olhos destapados) e levar as crianças que eu quiser? Em princípio o problema não se põe com os meus filhos, porque as pessoas da escola estranhariam que uma mulher de abaya e niqab os levasse, mas no caso dos muçulmanos, como se assegura que as crianças estão a ser levadas pela pessoa certa?
Parecem-me altamente inverosímeis as notícias que correm sobre vagas de frio polar. Por mais que tente, já não consigo imaginar o que é sair da cama com menos de 18ºC. Não me invejem; calorenta como estou do alto das minhas 35 semanas de gravidez, bem que me apetecia um bocadinho de frio, só para variar. Bem, não precisava de vir dos pólos, ali uma aragem da Ericeira já me resolvia os afrontamentos e os inchaços de mãos e pés....
... Só pode ser. Ainda dizem que o Islão é fechado e mais não sei quê... Nunca vi sítio onde se gozasse tanta festividade alheia como aqui. É Ramadão, pimba, não se trabalha. O Ramadão acabou, toma lá três dias de festa e feriado. É semana de peregrinar a Meca, embora lá (mesmo que não vamos, é semana de festa). É o dia de um profeta dos Xiitas, apesar de o Rei aqui ser Sunita, vamos lá a mais um feriadito. Os católicos celebram o nascimento de Jesus, então não vale a pena trabalhar nessa semana. É ano novo de acordo com o calendário Gregoriano, ficamos em casa. Agora, em plena semana de Carnaval, metade da população vizinha invadiu a ilha e não há meio de sair daqui. Estão a celebrar o Carnaval, só pode. Eu cá continuo a achar que há para aí muita oportunidade de feriado desperdiçada. A Quaresma começa na 4ª feira de cinzas, podiam aproveitar para fazer uma pausa de 40 dias até à Páscoa, parecia-me bem...
PS: e o que dizer das montras das lojas de lingerie nesta semana de S. Valentim?? O Islão já não é o que era... Se vem aqui a polícia de costumes saudita vai tudo preso :-)
- Correu bem: hoje o Ali não foi à french class. Esteve absent from school. Também não vamos ter music classes por three weeks. O teacher está muito angry connosco e diz que somos uma class muito messy and naughty. Hoje a minha team não acumulou points e por isso não tivemos direito aos stickers e às stars.
(o que eu me ria para dentro quando ouvia os emigrantes da França nas férias do Verão a falar com os filhos. Cheira-me que vou passar o Verão a corar com as falas à emigra dos meus filhos)
O Afonso andava há dias a dizer-nos que tinha um dente a nascer. Após inspecção meticulosa, a nossa resposta era sempre a mesma: "Que disparate, deve ser só impressão tua" ou "para te nascer um dente tem que te cair um de leite primeiro". Até que a revelação se deu: tem mesmo um dente definitivo a nascer por trás de um de leite que ainda não caiu... Tudo seria lindo, se aqui os dentistas fossem de fiar.... O problema é que há uns que nem sequer ainda chegaram à era da anestesia, essa grande invenção para as maleitas bucais. Resultado: tenho que me pôr em contacto com a minha dentista portuguesa para ver o que havemos de fazer...
Oficialmente pata-choca...
Não sei porquê, quando estou grávida fico com nervoso miudinho de cada vez que ouço aquelas músicas para relaxar. Tipo sons da natureza e afins. Mas só quando estou grávida, depois passa.
Lembrei-me disto porque hoje havia música dessa por todo o lado... Agora para relaxar vou ter que ir tomar um banho de imersão.
a horta já tem direito a etiqueta e tudo
futebol mas só porque estamos em alturas